29 de outubro de 2008

O lago dos cisnes


Baseado em um conto de fadas alemão, O lago dos cisnes narra, em quatro atos, a história do príncipe Siegfreid, que se apaixona por Odette, uma donzela que foi transformada em cisne por um feiticeiro. Ela está destinada a permanecer como cisne até que seja salva da maldição pelo amor de um homem que nunca a traia - ah, se fosse nos dias de hoje!

Encantado por sua beleza, o príncipe lhe jura amor eterno. Em sua festa, dada pela rainha sua mãe, onde ele, comemorando sua maioridade, deverá escolher uma moça para casar-se, Sigfried é enganado peo feiticeiro, Rothbart, declarando seu amor por Odile, gêmea malvada de Odette. Quando se dá conta de seu erro, vai até o lago, refaz suas juras de amor, combate o feiticeiro e quebra o encanto para que possa ser feliz para sempre ao lado da princesa.

Lógico que o príncipe só volta para pedir perdão e viver feliz para sempre porque é no conto de fadas, mas desde pequena a música desse ballet sempre me encantou. Lembro-me de, na escola, dizer à tia que minha música prefreida não poderia ser cantada num evento de dia das mães no colégio, por ser esta.

Foi maravilhoso poder ver, fim de semana passado, o Moscow City Ballet apresentando a belíssima coreografia no Teatro João Caetano. Pena que não tinha a orquestra tocando ao vivo.

Abaixo, um vídeo do ballet (com outro corpo de bailarinos):
http://www.youtube.com/watch?v=Sy-4ymgE0lo

Mais informações sobre a temporada:

Deleite-se!


28 de outubro de 2008

Cantadores compulsivos anônimos

Gente, virou um vício.

Toda quinta-feira estamos lá. Agora já somos amigos da banda, ensaiamos nos intervalos, a hostess já sabe nossos nomes, os integrantes da banda assistem nossos vídeos!

Estou falando de mim e Marcos, no karaokê semanal do Big Ben. A banda Pé Direito já conta conosco. Abrimos e fechamos o evento das quintas. A primeira e a última música sempre são minhas.

Se é vício ou não, ainda estamos na fase boa, na do prazer e diversão. Mas era bom já saber de algum grupo de reabilitação se alguém puder indicar... só por precaução, hehe.

E pra quem não tem podido nos acompanhar, tem os vídeos no youtube:
www.youtube.com/user/rachendave

Esperamos vocês lá!

Big Ben Pub - www.bigbenpub.com.br

23 de outubro de 2008

Recomeço


Inebres pinturas distorcidas
Que revelam algo a mais
Revelam-me em essência
E toda história que busco
esconder, por não ser mais
parte de mim. Acordo
num sobressalto.
Tento compreender
O mundo à minha volta
Não o reconheço
Não me reconheço
O que sou?
O que tenho me tornado?
Sim, um tornado
Mudanças de ventos fortes
E circulares, traseuntes,
Imaculados e sóbrios...
Vida de contornos cíclicos
Que insiste em não andar
para frente. E retorna.
Uma última esperança,
matar meu coração
E tudo aquilo que não
me tem importância...
Meus sentimentos.
Para quê servem?
Apenas me testam
E me ferem de profundo.
Mas, não mais.
Não agora
Não de novo,
Não posso mais e não quero
A vida se abre para mim
E mais do que nunca,
Limpa e de consciência em paz
eu me abro para ela.
Há algo ainda para buscar.

22 de outubro de 2008

La Dolce Vita

A semana começou difícil... alguns problemas de família e do coração modificaram um pouco a rotina.

Depois de pensar e resover tudo, precisava sair de casa um pouco. Chamei a querida tia Cristina e Lauritcha e marcamos de tomar um café em Ipanema no fim da tarde.

Como os cafés da moda estavam todos cheios no horário pós-fechamento do mercado ficanceiro, fomos andando pelas galerias e ali na Visconde de Pirajá 444, lá no fundo, encontramos um aconchegante lugar.

A Bonbon D'Or é uma chocolatier com duas mesinhas do lado de dentro e duas no corredor da galeria, muitíssimo bem decorada, romântica, com embrulhos de bombons, flores, caixas coloridas e bichinhos na vitrine, comandada por Orieta e Juliana, que são mãe e filha.



Lá elas nos serviram deliciosos capuccinos, com muito chocolate ao leite derretido dentro, e sentaram-se à nossa mesa para um bate-papo que foi até a loja fechar.

A especialidade da casa, pelo que pude ver, são presentes à base de chocolate, todos de muito bom gosto - literalmente! - e muito bonitos.


Bonbon D'Or - 2247-2100

21 de outubro de 2008

Teve festa lá no apê...





Laurinha ligou convidando para uma festa sábado à noite. Confesso que eu estava bem desanimada, mas achei que devesse sair e ver caras novas. Eu teria que estar às 23:30 lá e chegaríamos juntos na casa de seu amigo Flávio Nunes, o dono da casa.

Flávio é arquiteto, colega da época de faculdade de Laura. Vez por outra faz umas festas em seu apê, na Gávea. Soube de uma festa junina e de uma festa do martelo (você poderia quebrar as paredes do apartamento, já que ele reformaria). Laura disse que seria legal.

Chegando no lugar fiquei suspresa. A porta do apartamento do primeiro andar estava aberta, com um sujeito na porta cobrando entradas a R$10, o som de DJs ecoando pelo corredor do prédio. Como são civilizados os vizinhos do Flávio! Uma fila na porta, um barulho danado, a portaria aberta pra quem quisesse subir, e ninguém reclamou!

O pessoal era de tribos bem variadas. Mas eu gosto da diversidade. A casa, sem móveis e com decoração de tecido nas paredes, tinha bastante espaço e transformou-se num gigantesco ambiente cheio de pistas. O DJ Beto, que foi muito simpático e sorridente, embora alguns chatos o tenham importunado, querendo roubar seu lugar, mandou muito bem no som, com músicas sensacionais dos anos 80 e 90.


As bebidas estava sendo vendidas e preço justo e rolaram uns croquetes e uma pipoca pro povo não ficar de estômago vazio.


Renatinha foi embora cedo, Dani foi um pouco depois, mas eu e Laura saimos de lá às 5 da manhã. A música estava realmente fantástica, e ver as figuras na pista estava imperdível. Estávamos hipnotizadas com tantos wannabes!



Flávio, na próxima festa, eu to dentro!!!

13 de outubro de 2008

E o que acontece com quem canta?

Se os males espanta eu não sei, mas tenho certeza de que eu me sinto muito feliz.

Cantar é definitivamente fonte de alegria pra mim.

Reunimos os amigos - novos e antigos - e fizemos uma reuniãozinha com bebidinhas, sopinha e violão.

Eu me encarreguei da sopa de cebola e de soltar a voz. Marcos levou o violão. Dani cedeu a casa e uma variedade de bebidas. Renata, Guilherme, os Brunos, Marco Aurélio e Mauro cantaram conosco.





A noite nos rendeu boas risadas e muitas lembranças boas. Música faz recordar. Associamos imediatamente a música a uma época de nossas vidas.

Tem videozinho no youtube e fotos no picasa.

Vídeo - http://www.youtube.com/watch?v=LRrC4ZKs2rE
Fotos - http://picasaweb.google.com/raqueloliveira20/EncontroMusical#

Domingão com as amigas

E mais um fim de semana se foi... o ano está rápido, passou num piscar de olhos.

Hoje foi um domingo de atrações no Rio. Teve a meia maratona e a parada do orgulho gay. Sabendo que o trânsito ia ficar caótico, sugeri que almoçássemos longe da orla.

Fomos ao Braseiro da Gávea. Eu, Renatinha e Dani, as inseparáveis.

O único inconveniente do Braseiro é que sempre está lotado. Tive que esperar 33 mesas na minha frente. Só fiquei porque encontrei amigos que não via há muito tempo, na fila, por acaso. Durante a espera, Dani também descolou uns pastéis pra gente, fritinhos na hora e deliciosos. Não bebemos porque ontem foi a feijoada e já tínhamos calorias pro resto do mês, então ficamos na coca light e água.

Pedimos uma picanha com guarnições. Olha, mesmo nós três, não conseguimos comer tudo. Uma picanha à campanha muito bem servida, ao ponto que pedimos, já limpa. De acompanhamento escolhemos farofa de ovos, arroz de brócolis e batata frita. Com tudo isso, o atendimento foi rápido e o preço honesto.

Depois, demos uma volta na feirinha de antiguidades em frente ao Jockey. Adoramos! Coisas legais, diferentes e interessantes, preço mais ou menos. Dani comprou um anel, experimentamos uns 20 óculos antigos e eu achei um jogo de chá bavariam maravilhoso, uma delicadeza só. Peguei o telefone do expositor e talvez eu dê de presente pra um casal de amigos que está casando. Achei um presente bem interessante, só estava difícil de carregar na hora.





Depois desse passeio delicioso sob o Cristo Redentor, fomos tomar um café e ler umas revistas no Envídia, na Dias Ferreira, que tem o melhor chocolate do Rio.

Foi um dominguinho gostoso colocando o papo em dia e que nos faz ver como é possível ter muito prazer fazendo um programinha simples e barato com as amigas.




Envídia - www.envidia.com.br/

Braseiro - www.braseirodagavea.com.br/

12 de outubro de 2008

Feijoada: a desculpa carioca para reunir muitos amigos


E quando eu quero companhia o que eu faço? Cozinho!

Precisava de pessoas ao meu redor. Convoquei imediatamente uma feijoada.




Fomos para Petrópolis e passamos uma tarde muito agradável naquele terraço de vista aprazível e vento fresco, regados por vinho e cerveja.

A feijoada é sempre uma desculpa fácil de reunir os amigos sem ter muito trabalho. Aqui no Rio, geralmente é servida como prato do dia em muitos restaurantes às sextas-feiras e sábados, e tem de todos os preços. As mais famosas são as da Casa da Feijoada, as das escolas de samba - geralmente servidas nas quadras das respectivas escolas, ao som da bateria-, a Feijoada do Amaral, a do Bar do Mineiro e, é lógico, o Feijão da Raquel!!!

O preparo da feijoada consiste no cozimento do feijão preto ou mulatinho com carnes de porco. Para acompanhar, farofinha, arroz branco, couve refogada no alho e pedacinhos de laranja que ajudam na digestão. Geralmente se bebe cachaça, caipirinha, cerveja e até vinho com esse prato.


Receita de feijoada

Em uma panela com água quente e iguarias (louro em folhas, endro, coentro em grãos, pimenta do reino preta e branca, calso de costela), junte o feijão e ingredientes de porco como paio, costelinha, lombo, linguiça calabresa, pé, orelha, carne seca (eu prefiro os defumados; se comprar salgados, deixe-os de molho 12h antes do cozimento, trocando a água).

Deixe ferver por pelo menos 1h e quando o caldo já estiver espesso, acrescente um refogado com cebolas e alho no azeite. Prove o sal e acerte a gosto.

Para acompanhar, faça uma farofa fritando linguiça calabresa cortada bem fininha e tirinhas finas de bacon. Quando a gordura ja tiver derretido e o bacon ja estiver bem douradinho, acrescente bastante alho batido e um pouco de cebola, até dourar. Adicione a farinha e acerte o sal. Ao desligar o fogo, acrescente coentro cortado na hora.

Sirva com couve cortada bem fininha refogada no alho e óleo e arroz branco. Corte pedacinhos de laranja para quem gostar.

Uma boa sobremesa é um pudim de leite condensado.

Depois de comer isso tudo, o jeito é dar uma dormidinha antes de voltar dirigindo pra casa.

Seguem fotinhos da feijoada de sábado.







Links para a história da feijoada:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Feijoada_brasileira
http://www.soreceitasculinarias.com/materias/curiosidades/historia-da-feijoada-no-brasil.html
http://www.reidafeijoada.com.br/historia.htm


Bar do Mineiro - Rua Paschoal Carlos Magno, 99 - Santa Teresa Tel: (21) 2221 9227
Feijoada do Amaral -
www.gattopardo.com.br/
Feijoada do Salgueiro - Rua Silva Teles, 104- Andaraí. Tel: (21) 2238-9226

10 de outubro de 2008

Fundamental é mesmo o amor... será impossível ser feliz sozinho?


Muitos poetas cantam o amor e a falta dele.

Mas é bom amar? Até que ponto sentir o coração bater mais forte é positivo?

Eu sempre gritei em alto em bom som que amar era a melhor coisa da vida. Amar sempre me fez me sentir viva. Eu sempre achei que quando eu amo eu fico mais bonita, porque fico feliz. Tatuei nas minhas costas a frase Fundamental é o amor. Até que um dia o amor teve o efeito contrário. Eu, que sempre me senti a "menina mais feliz do mundo", como eu dizia, depois de um tempo parei pra pensar há quanto tempo eu não sorria. Nesse dia entrei na terapia.

O motivo da falta de sorriso não era o amor. Era a falta de amor. Ou talvez a falta de sincronismo no amor. Eu era amada por outras pessoas, mas não pela pessoa que eu queria que me amasse. Meu amor mentiu pra mim e eu me decepcionei. Me lembrei que eu já havia mentido para outras pessoas que me amaram e elas me perdoaram. Tem a máxima que diz quem ama perdoa. Perdoei. Adianta perdoar? Acho que adianta se não houver reincidentes. Mas o amor é cego? Se for, é injusto. Injusto porque a gente ama só o que quer ver. E não nos baseamos na verdade para fazermos nossas escolhas.

Mas de quem é a culpa? Quando um amor não dá certo, é comum termos ressentimento daquele que não nos amou. Como pode uma pessoa não reconhecer tudo que fizemos? E todas as surpresinhas? Os presentinhos fora de hora? A cartinha que levou três noites em claro para ficar pronta? A viagem planejada com seis meses de antecedência? A fidelidade? Ah, a fidelidade...

Quando a gente ama, a gente espera que o outro faça conosco o que fazemos por ele. Mas nem sempre é assim. O que é bom pra gente pode ser chato pro outro. E ao amarmos, nos tornamos egoístas. Queremos que o outro fique feliz com o que nos faz feliz. Há quem diga que isso não é amor.

Tem o pessoal do if you love somebody set them free. Se você ama, tem que dar o espaço que o outro precisa, mesmo que não seja o mesmo do seu. Tem que compreender as diferenças, tem que apoiar mesmo que não concorde. Essa é outra linha de pensamento. Não vou julgar qual é a certa. Eu só sei em qual me encaixo. Sei???

A vida inteira eu achei que tivesse uma linha. Achei que o amor me fizesse ter um comportamento só e que isso era amor. Quando eu sentia, sabia que amava. Eu achava que amor era quando eu me sentia bem com a pessoa e ela comigo. Era quando nada era um sacrifício, tudo acontecia porque os dois queriam. Descobri que sempre foi assim antes porque sempre tive sorte. Eu me apaixonava por quem se apaixonava por mim. Ou por estar sempre feliz e apaixonava, atraía mais amor pra perto de mim. Eu era sem dúvida muito mais bonita e atraente. Eu nunca precisei de joguinhos, de fingir desinteresse, sempre desprezei esses artifícios que não julgo coerentes com as relações que quero ter.

Chegou um dia em que o meu amor era diferente. Eu me dedicava a uma pessoa exatamente como me dediquei aos outros amores que tive. Eu não fingia. Eu era espontânea, era sincera, era compreensiva. Pra mim não havia porquê desconfiar de quem está ao meu lado, afinal se estamos juntos é porque queremos. Mas isso era pra mim. E dessa vez não era para quem eu amava. Me deparei com o inesperado. Me peguei apaixonada por uma pessoa que não me dava o que eu sempre tive antes. Ele me dava um pouquinho e depois tirava. Me dava uma pontinha de esperança e depois puxava. E eu me vi num rolo que eu achava que era amor, mas era bem diferente. Será que o amor causa dependência química?

Era assim que eu me sentia. O amor dele era como uma heroína pra mim. No início, vê-lo me seduzia. Me dava um prazer sem igual. Melhor que tudo que eu já tinha experimentado. O mais engraçado é que eu sabia que era uma roubada, mesmo sem ter a menor idéia do que acontecia fora do meu mundo imaginário com ele. Aí eu fui ficando dependente, queria uma freqüência maior, depois mais quantidade, e passei a só pensar nisso. Deixei de ser quem eu era. Envelheci. Tive a oportunidade de me desintoxicar, mas desperdicei. Me arrependo profundamente. O antídoto era doce e nem seria tão doloroso. Mas eu só pensava no efeito que ele me causava quando eu podia ter uma migalha daquilo que fosse, mesmo sabendo que o fim seria a ruína. Eu tinha crise de abstinência quando me afastava. Fiz tudo que um viciado faz. Menti pra quem me amava, enganei meus amigos, me afastei de quem rejeitava meu vício. E tem a turminha oposta também. Os "amigos" que dão força, que falam o que tem? você tem que fazer o que você quer e ninguém tem nada com isso. Mas todos tinham sim. Eu desprezei a opinião de quem me queria bem e fiz sofrer todos aqueles que se machucavam com o meu sofrimento também.

Tive muitas recaídas e reabilitações. Quando eu achava que já estava curada, lá estava a droga na minha frente e eu não resistia, mesmo sabendo que jogaria toda a recuperação no lixo. O pior é que a culpa não era dele. Não tenho raiva dele. Tenho raiva de mim. De me permitir passar por isso tudo. De fingir estar bem e ser forte. De deixar passar na minha vida pessoas que se mostraram dedicadas e verdadeiras e perdê-las pra sempre, machucando-as. E aí eu, que me achava apaixonada, me pergunto: será que isso é amor?

Novamente, não quero julgar o que é o amor ou como deve ser. Mas eu descobri que, o amor que eu quero não é o amor do mundo dos sonhos. Eu quero um amor que me faça bem como os que tive antes, um amor bom enquanto durar, como sempre foi. Esse não teve nada de bom enquanto durou. Não tenho nenhuma lembrança boa. Isso porque não vivi a realidade nem um dia. Tudo que eu tive foi fruto da minha imaginação. Eu achava que vivia uma vida que não era real. Eu fiz planos que nunca se realizaram. Eu planejei baseada numa encenação, e quando eu vi onde eu estava, eu não queria mais me levantar da cama. Não tinha mais vontade de acordar, achava que não tinha motivos.

Mas eu acordei. Eu me reabilitei. Eu vi que viver a verdade é melhor. Que é bom estar lúcida. É justo ter o direito de escolher baseada na verdade. Só que fiquei com um problema: a associação do amor a uma experiência ruim, que anulou tudo de bom que eu já havia vivido antes. Agora que eu estou de volta à vida real, tenho medo de me perder novamente num caminho de ilusões. Sei que tão cedo não vou me entregar ao amor novamente. E me pergunto se é mesmo impossível ser feliz sozinho.

Eu não me sinto sozinha hoje. Pelo contrário. Eu me sentia antes. Hoje eu enxergo meus amigos novamente. Consigo me divertir comigo mesma. Vejo novamente como meu sorriso é radiante e bonito. Vejo que eu sou muito melhor do que eu me sentia quando estava triste por amar alguém que não queria o mesmo que eu e vi que o segredo de amar é o equilíbrio baseado na verdade. Antes, eu perdi tempo, e hoje sei que meu tempo é precioso e vale menos alguns anos que joguei fora - ou mais, se eu os recuperar.

Sim, concordo que if you love somebody set them free. Assim é melhor para os dois lados. Para o amado, que não fica obrigado a fazer o que o amante quer para correspondê-lo, e para o amante, que, sabendo da verdade, pode escolher os caminhos que tomar, sem ser enganado. O importante é ter respeito. O maior inimigo de qualquer relação, seja de amor, de amizade, familiar ou profissional é a mentira. Se seu amor não consegue ser feliz com você, deixe-o ser feliz longe. E você ficará feliz com sua realização. Se isso não ocorrer, não era amor. Era vício.

E para aqueles que são amados mas não têm o mesmo amor para retribuir, um conselho: não enrole quem se dedica a você. Não gaste o tempo e o sentimento dos outros. Não seja covarde e não pense que é mais esperto que quem te ama. Quem te ama só é mais cuidadoso com você, não é bobo. Quem ama sabe quando está sendo enganado, só prefere acreditar que se insistir vai dar certo, já que esse é seu desejo.

Hoje eu acho que o amor mais importante é o amor-próprio. É importante se conhecer e saber seus defeitos e qualidades. Isso eu vou levar a vida inteira pra fazer. Mas de uma coisa eu tenho certeza: não amarei a ninguém mais que a mim mesma novamente. E isso será bom para todos que cruzarem o meu caminho.

Um beijo especial para aqueles que eu amei e que ainda fazem parte da minha vida, depois de termos decidido caminhos diferentes não por falta de respeito, mas por sensatez e justamente por querer bem um ao outro depois de tudo que passamos juntos. A amizade que ficou nunca se abalará. Nosso amor foi uma troca e todos ganhamos, ninguém dividiu, só somou.

Pra mim, isso é o amor: quando você soma ao invés de dividir.

Foto: Marco Sobral

9 de outubro de 2008

Pensamento ecológico

Estou muito afim de fazer outra pós. Andei pesquisando algumas coisas e tem tanto assunto nos quais me interesso... o bom de ser adulto é que a gente escolhe o que vai estudar e isso é maravilhoso.

Um ex-professor meu me avisou há pouco tempo de um curso de extensão que me interessou muito: é em gestão do meio ambiente e é aqui em frente à casa, na Universidade Santa Úrsula. O curso trata de legislação, idéias, ecologia, sustentabilidade, impacto ambiental, dentre outros assuntos.

O bom é que o preço é muito em conta (apenas R$ 100,00) e o professor Bruno Meurer eu conheço e recomendo. Ele é muito engajado e eu acredito plenamente que ele queria conscientizar pessoas que ele crê que possam fazer algo por um futuro mais sustentável.

Estamos apenas esperar a turma fechar para começarmos as aulas.

Quem se interessar, pode falar com o professor pelo e-mail bcmeurer@hotmail.com. O site da Universidade pode dar algumas informações também.

Universidade Santa Úrsula: www.usu.br.

5 de outubro de 2008

O lado bom da gripe


Essa semana fiquei meio caída com uma gripe que me derrubou na sexta-feira. Trabalhei de casa, da cama. E nessas horas, tem alguma coisa melhor do que colinho de mãe?

Tem! Colinho de avó!

Enquanto eu passei o dia inteiro com o computador no colo na cama, minha avó me mimou tanto...

Eu trabalhei de casa. Ela fez bolinho, fez chazinho, fez cafuné, deu remedinho, e ainda ficou com peninha da netinha doente.

Tenho que escrever aqui o quanto eu sou feliz por ter minahs duas avós. As duas ja me ajudaram muito e fazem muito por mim até hoje. Este post é pra prestar a minha homenagem a elas.

Vovózinhas, obrigada!


1 de outubro de 2008

Gentileza gera gentileza


Vida cosmopolita.

Todo mundo preocupadíssimo com o que vai fazer nos próximos 5 minutos. Todos atrasados, estressados, putos com o chefe que quer cada vez mais, os filhos brigando, a bolsa caindo loucamente, a mãe ligando sem parar... e cada dia mais vivemos a nossa própria vida.

De caso pra academia, da academia pro trabalho, do trabalho pra pós, da pós pra casa do namorado, da casa do namorado pro restaurante, do restaurante pra casa. E tudo isso no celular, ligando, acessando e-mail, falando por mensagem. Hoje acho que já se fala mais por mensagem que por voz: vc vai hj? ou te pego em 5 ou compra tudo ou busca as crianças p mim são cada vez mais comuns.

Mas e nesse vai e vem, quem é você? Você é o cara que passa por cima de todo mundo pra conseguir o que quer? Você o bobo que faz tudo pra todo mundo e depois se lamenta de não ter investido em você? Você está de licença porque teve um enfarto? Você está em todos os eventos porque quer, por medo da solidão ou por uma obrigação?

A primeira coisa que você tem que ver é com que frequência você sorri. E aí só vale sorriso espontâneo. Eu parei pra avaliar isso há um tempo atrás e resolvi fazer terapia. Antes, a menina mais feliz do mundo, e então a menina robô, que fazia tudo automaticamente, por várias razões, é lógico.

Uma coisa que precisamos pensar é que um sorriso pode mudar a vida do outro. E nos poupar de muitos aborrecimentos. Imagine que todos têm dias ruins. E se quando aquele garçon que ganha 1/8 do seu salário trouxesse o prato errado pra você e, ao invés de você dar uma bronca, você explicasse a situação com um sorriso e agradecesse se ele trocasse? E se ao esbarrarem em você, você ajudasse a pessoa a catar o que caiu no chão? E se você desse bom dia pro seu porteiro olhando no fundo dos olhos dele com um lindo sorriso no rosto?

A voz muda quando estamos sorrindo.

No trabalho, geralmente o clima é tenso. Sempre tem os que estão bem e os que estão insatisfeitos. E a forma de cada um reagir à insatisfação é única também. Mas e se, ao invés de você gritar com todos, ou ser sarcástico a ponto de ofender, ou reclamar o tempo inteiro, tentar manter um clima melhor já que todo o resto está tão difícil? Não adianta nada fechar a cara o dia todo. As pessoas ficarão aind amais tensas e, quem sabe, tristes. Uma grosseria, mais do que raiva nos outros, pode dar desânimo em quem a recebeu. Principalmente se essa pessoa for alegre. Aí a palavra é decepção. "Por que isso se eu sou sempre tão prestativo?", "Pra que gritar se só fiz uma pergunta?", "Por que essa raiva só porque não concordamos?".

Todo mundo tem um dia ruim. Eu mesma tenho dias de bastante desânimo quando algumas coisas acontecem. Pode ser uma briga com quem a gente gosta, pode ser falta de grana, pode ser um problema no trabalho. Mas descontar no outro não adianta. Isso eu aprendi. Aprendi também que quando a gente é grosso, deve pedir desculpas assim que se tocar. Aprendi, isso desde cedo, que as pessoas têm opiniões e gostos diferentes, e que não temos que convencer niguém a fazer o que gostamos. Podemos mostrar porquê gostamos.

Seguem algumas coisas para pensarmos:

1 - O que é bom para o outro também é bom pra você?
2- Está agindo como gostaria que agissem com você?
3- Espera os outros sairem para entrar? Segura a porta, cede o lugar?
4- Trata bem as pessoas que lhe servem? Agradece? Dá informações suficientes? Faz como gostaria que seu chefe fizesse com você?
5- Oferece ajuda antes que lhe peçam? Oferece ou impõe essa ajuda?
6- Sorri ao pedir algo a alguém?
7- Se erram, mostra o que não lhe agradou de forma civilizada e explicativa?
8- Se algo não dá certo, reflete sobre a solução ou busca um culpado? Se tem solução, você mesmo faz ou manda alguém fazer? Se não tem solução, esquece ou reclama o tempo todo?

Tem sempre um jeito de viver melhor. Tem sempre uma gentileza que pode salvar o dia do outro. E quando você é gentil, os outros têm vergonha de tratá-lo com grosseria. E se não têm, deixa pra lá. Sorria pra esses e deseje um bom dia. A sua vida e dos que o cercam certamente mudará. E existe algo mais gratificante que mudar a vida de alguém pra melhor?