26 de novembro de 2011

Voando no Brasil

Eu viajo de avião pelo menos duas vezes por semana. Com essa necessidade de voar, acabei aprendendo algumas coisas importantes:

1- comprar com antecedência significa economizar
2- saindo ou voltando pro Santos Dumont, o melhor lugar é na janela do lado direito
3- o voo de segunda de manhã e de sexta à noite sempre atrasam e são os mais caros
4- é melhor se fidelizar às companhias para ganhar milhas se você voa com frequência
5- as milhas são pra ser usadas, porque elas expiram
6- é bom pra todo mundo viajar com o mínimo de bagagem possível
7- não se encha de enfeites metálicos antes de passar no raio x
8- faça check in online

Com o tempo a gente escolhe nossa companhia preferida para voar. Essa escolha pode ser baseada em vários fatores. Preço, pontualidade, facilidade, acúmulo de milhas, vantagens e, no meu caso serviço simpático de bordo.

Não vou fazer propaganda gratuita pra companhia aérea aqui. Eu já pago muito caro pelas passagens que uso toda semana. Mas as críticas eu vou postar.

Há duas semanas, eu paguei R$890 pelo trecho Guarulhos-Fortaleza na TAM. Não existem voos diretos de Congonhas para Fortaleza. Alguns inconvenientes: Guarulhos é longe pra caraca. Chegar lá custam R$120 de taxi. E o trânsito é bem complicado. Por essa razão, a caminho do aeroporto, entrei na web para fazer check in. Eu estava sem bagagem e só precisaria chegar no aeroporto e embarcar.

O check in online da TAM só funciona com 72h de antecedência. Pra que eu vou fazer check in com 72h de antecedência? Eu nem sei se vai dar tempo de voar com essa antecedência. Além disso, o aplicativo pra iphone da TAM só funciona para o trecho da ponte aérea. Se você voa para qualquer outro aeroporto, tem que usar o browser. Ou seja, não consegui fazer o check in com pouco mais de uma hora antes do voo sair.

Cheguei no balcão de check in exatamente 28 minutos antes da decolagem e fui impedida de embarcar no voo que estava, mesmo sem bagagem, porque a documentação do voo já havia sido enviada. O que aconteceu? Eu não pude embarcar a tempo de chegar na minha reunião em Fortaleza, no voo que eu planejei e comprei com antecedência, embora a tarifa não tenha sido tão boa assim, por ter chegado 2 minutos após o fechamento do check in. Eu entendo que pontualidade seja muito importante. O que eu não entendo é que toda vez que eu pego um voo da TAM, ele nunca sai no horário. E pra piorar, o voo no qual fui impedida de entrar, saiu com atraso de 50 minutos. Eu perdi o voo que não podia se atrasar por minha causa, e ele saiu 50 minutos atrasado. Espero sinceramente que uma negociação importante ou o seu emprego nunca dependam da TAM. Essa companhia se orgulha do excelente serviço prestado, mas o que eu sempre vi, foi um terrível serviço ao cliente. As atendentes do balcão sequer olham pra sua cara, e estão sempre mal-humoradas. TAM é sempre a minha penúltima opção para voar (a última é Webjet).

Paguei R$1350 por um trecho Fortaleza para Congonhas - eu precisava voltar - pela Gol. Considero o valor bastante salgado, mesmo comprado com 2 semanas de antecedência. Esse é um voo de horário complicado, porque tem 4 horas de voo, mas com a diferença de fuso horário, quando você chega em SP, lá se foram 5 horas. Saindo de Fortaleza às 19 e pouco, eu pousei em Guarulho (no fim do mundo) depois da meia noite. Sendo que pra pegar esse voo, embarquei às 18:40. Ou seja, não jantei antes de ir pro aeroporto.

A maior surpresa foi quando, após a decolagem, a aeromoça anunciou que, "para nossa maior comodidade, o lanche seria cobrado". HAHAHAHAHAHAHA, para minha maior comodidade!!! Sim, me cobraram R$12 por um sanduíche (com 1 fatia de queijo e 1 fatia de salame), mas o cardápio era variado... amendoim de 15g por R$5, café por R$5 e outras maravilhas.





Eu acho que vale um programa desse pra baixar o custo da passagem. Mas não me pareceu esse o objetivo. Existe esse tipo de programa na Europa, mas os voos são bem mais curtos, e você paga coisa de 30 Euros na passagem. Bem diferente.

Já que estamos falando da Gol, vamos acrescentar mais algumas questões. A Gol tem atrasado muito a saída dos voos. E, o que tem me prendido até hoje à Gol, que é o acúmulo de milhas, tem se mostrado um tanto quanto ineficiente. Toda vez que tentamos tirar uma passagem, não tem. Avisam que o ideal é tirar com 11 meses de antecedência, que é quando abrem os voos, mas mesmo assim não conseguimos, a menos que seja no Brasil.

Como não sou eu que compro minhas passagens, é a empresa, a escolha geralmente é pela mais barata no horário que preciso viajar. E, frequentemente tenho voado de Avianca, o que significa que o preço deles é melhor que a Gol e a TAM. Eu gosto da Avianca, embora às vezes o voo seja cancelado e ai fica difícil chegar no meu compromisso. Mas na Avianca tem uma coisa que amo: USB no avião. E, pra quem gosta, tem aqueles monitores individuais para programas ou jogos. Além disso, acho o serviço de bordo simpático - como o da Azul - e sempre tem mimos no lanchinho que, embora não seja nada demais, fazem diferença para o cliente que agora paga R$12 por um sanduíche em outra companhia. Geralmente sou surpreendida com pizza, brigadeiro, wraps e, agora, com sorvete de sobremesa. Achei simpático. Nunca usei o programa de fidelidade deles, embora seja cadastrada e pontue sempre. Não sei se vai ser útil quando eu precisar tirar uma passagem.




Da Azul eu gosto muito. Espaçosa, pessoal sorridente e educado, nunca atrasa. O único inconveniente é que os voos geralmente passam por Campinas, não saem de Congonhas e têm poucas capitais. Mas, quando vou pra Porto Alegre ou Brasília, por exemplo, é uma boa pedida. O lanchinho é variado e você escolhe a ou as opções que quiser, sem limite por passageiro.

Webjet eu nunca voo e avisei na empresa que não posso contar com essa passagem mais em conta. Acho que a Webjet pode ser uma boa opção pra quem busca um voo mais barato, realmente os preços são bem melhores. O problema é que quando viajo a trabalho, não posso perder um voo ou um compromisso em outra cidade. E a questão é que a Webjet tem poucos voos diários, então se um voo for cancelado - o que acontece com certa regularidade - ou se você perde aquela aeronave, eles não tem como te colocar no próximo. Pra trabalho não rola. Quando você está de férias e com o horário tranquilo, pode ser uma boa opção. Além disso, acho que não têm programa de fidelidade, o que não me atrai muito.

Enfim, meus 5 cents para quem está pensando em viajar por ai.

E, pra acrescentar, acho que o serviço de bordo do Brasil é o melhor que conheço. As pessoas sorriem, são simpáticas, buscam até colocar pessoas bonitas no atendimento, porque brasileiro gosta disso. Experimenta um voo americano. É o fim. As tias são grossas, só faltam te mandar calar a boca, não resolvem nada, não atendem a nenhum pedido e te olham com cara de "não to aqui pra isso". Além disso, eles aproveitam cada centímetro do avião, e o conforto é só lá na primeira classe. Na Europa rola um atendimento intermediário - nada que se compare à atenção que temos aqui quando estamos num avião, mesmo com lanchinho ruim, preço alto ou baixo, espaço entre poltronas, atrasos, etc - mas os preços são incríveis. Qualquer um pode viajar por $30-$60. Isso sim, é democracia e vale o desconforto.

Bom, tenho que correr pra arrumar minhas malas agora.



17 de setembro de 2011

Fernando de Noronha - o melhor destino nacional que já conhecemos!






Precisávamos usar as milhas que iam expirar. Como nunca conseguimos emitir nenhuma passagem no site do smiles, já estávamos incrédulos. Olhando os destinos no site eu falei Fernando de Noronha! e é claro que rimos, achando que não tinha a menor possibilidade. E não é que deu? Foram 40 mil milhas por pessoa ida e volta, mas foram as 40 mil milhas mais bem gastas da minha vida!

Eu fui direto de um evento em Manaus, então o voo foi bastante longo. Fiz escala em Brasília e dormi em Recife para só então pegar o voo de uma hora para o paraíso. No aeroporto de Recife, uma surpresa: os familiares dos habitantes da ilha tentam enviar mercadorias via viajantes, devido ao elevado custo de vida de lá. Fiquei com medo por não conhecer a menina que me pediu e não saber o que tinha na bagagem, mas ao chegar lá me arrependi por não ter ajudado. Vi que todos fazem isso e eu poderia ter evitado que aquela família pagasse muito caro por carne.

Fernando de Noronha tem cerca de 3 mil habitantes e número limitado de turistas. Os moradores têm uma vida cara e difícil. A ilha não tem prefeito, tem um administrador que é indicado pelo governador de Pernambuco e que mal aparece lá. Para tudo é preciso pedir autorização, por conta da preservação, o que é justificável, mas a população leva meses e até anos para receber uma resposta. A autorização para comprar um carro custa R$15 mil e um bugre velho custa R$60 mil. Todos os habitantes vivem do turismo e uma forma de fazer um pouquinho mais de dinheiro é transformando suas casas em pousadas domiciliares, mas para isso também é necessário autorização. Se o telhado voa com uma tempestade, é preciso pedir autorização para comprar telhas e reformar. Se uma mulher engravida, é obrigada a voar para Recife no sétimo mês de gravidez, para não nascer mais cidadãos da ilha, e assim não ter a obrigação de ajudar essas pessoas e não dar a elas nenhum direito ali.

Visitei a única escola da ilha, onde todas as crianças, adolescentes e até os adultos estudam. A diretora, que nos recebeu com muito carinho e interesse, se mostrou uma pessoa muito esforçada em fazer algo por todos, mesmo com pouquíssimos recursos. A escola oferece cursos em convênio com o SEBRAE, SENAC, etc para melhorar a recepção ao turista e pelo que eu vivi lá, acho que esses cursos devem ser excelentes.

Só tem um posto lá, e hoje a gasolina custa R$4 o litro. No Rio, o litro custa R$2,70. Tudo chega na ilha de barco ou avião e custa muito. Pena é todo mundo ter que lutar tanto por um pouco de qualidade de vida, morando naquele paraiso natural. Mas vamos deixar esses problemas de lado e pensar no turismo.

A chegada na ilha já é impressionante. Do alto, no lado direito do avião, avistam-se os Dois Irmãos, cartão postal do arquipélago, e a ansiedade por desbravar tudo só aumenta. No voo, só casais em lua-de-mel, e alguns poucos turistas europeus, impressionante.

O aeroporto é bem pequenininho. A ilha só permite a entrada de até 400 turistas simultâneos, e é preciso pagar uma taxa diária de permanência. Uma boa dica é pagar adiantado pela internet, assim o visitante não fica numa fila grande ao chegar no aeroporto.

Eu estava com medo de como seria a pousada. Quando reservei, era o último quarto da ilha, e eu sabia que a maioria das pousadas lá eram domiciliares. Um transfer nos esperava na porta do aeroporto e nos levou à Pousada Leão Marinho. Chegando lá, a dona, Marilucia, nos esperava na porta. Com uma voz calma e macia, Marilucia gastou pelo menos 30 minutos conosco explicando sobre a ilha e dando dicas de passeios e como economizar. Indicou a valiosíssima Silvia, sua vizinha ali de perto, que preparava um delicioso peixe do dia na brasa com salada por apenas R$25 por pessoa. Indicou também o guia David, que no dia seguinte fez o Ilhatour conosco (ilhatour é como eles chamam o city tour na ilha).

Marilucia foi incrível durante toda a hospedagem. Nos tratou como filhos e preocupava-se com cada detalhe. Honestamente, nunca fui tão bem tratada em hotel 5 estrelas nenhum no mundo. Era ela mesma que cuidava de tudo.

O tour na ilha foi ótimo. Foi bom porque o guia era muito atencioso e morador da ilha, e porque assim nós conhecemos a ilha e escolhemos os lugares que mais gostávamos para visitar novamente depois.



A baia do Sueste foi marcante. Lá foi nosso primeiro mergulho na ilha, e somente com o snorkel foi possível nadar com tartarugas, tubarões, peixes coloridos, arraias e avistar corais e esponjas lindos.





A paria do Sancho, eleita várias vezes a mais bonita do Brasil, faz jus ao título. A água azul claríssima e morna tem visibilidade incrível e o mergulho lá é lindo. O acesso é dificultado por uma trilha moderada e a praia é quase deserta.




Ali do lado ficam a Baia dos Golfinhos e a Baia dos Porcos (fotos abaixo). Na Baia dos Golfinhos, se você acordar cedo e estiver lá às 6h, consegue ver a chegada dos golfinhos rotadores todos os dias. Lá eles ficam em estado de repouso até o começo da tarde, quando saem novamente para caçar no mar. Na Baia dos Porcos, de água azul fluorescente, as piscinas formadas na maré baixa convidam ao banho.



Outro passeio imperdível é a trilha do Atalaia. Só dá pra fazer com um guia e com reserva de horário no Ibama. Não é permitido usar filtro solar ou mesmo encostar o pé nos corais das piscinas naturais formadas na maré baixa, para preservar as espécies.



A ilha tem dezenas de lugares lindos de visitação obrigatória. Praia do Cachorro, Buraco da Raquel, Museu do Tubarão, o porto, ponta da Air France, Cacimba do Padre.



A visita ao Tamar é obrigatória. Todos os dias tem uma palestra noturna sobre vida marinha em Noronha, sempre de uma espécie diferente, e dicas de como apreciá-las na ilha.

Agora um assunto que muito me agrada: comidinhas. Tudo que comi lá foi ótimo. Frutos do mar, sempre! Carne lá é caríssimo e de péssima qualidade. Peixe, tubarão, camarão, siri, tudo é bom e fresco. O peixe da Silvia, recomendado pela Marilucia, era realmente excelente e barato. Mas foi a única coisa boa e barata da ilha. Tudo era bom mas muito caro. O Bistro da Cacimba foi excelente. Cardápio criativo e delicioso. Não aceitam cartão. O restaurante da Edilma também estava ótimo. Comemos uma sinfonia de frutos do mar caprichada. Custou R$88. No museu do tubarão tem hamburguer de tubarão. Vale a pena experimentar. O Chica da Silva é imperdível. Bonitinho e delicioso.




Não tenha pressa em Fernando de Noronha. O atendimento é excelente e educado, mas tudo demora um pouco. Internet é um problema sério. Não vá, como eu e Flavio, durante a semana de trabalho achando que vai se dar ao luxo de fazer um home office da praia. Foi um estresse total. Na ilha tem internet wi-fi gratuita, mas na velocidade da tartaruga em terra, quando está no ar.

Voltaremos com toda certeza. De férias, dessa vez. Já queremos começar a fazer os planos. Não há lugar mais bonito que esse nos destinos que já conheci.



20 de julho de 2011

Promoção quentinha que te ajuda a poupar ajudando alguém com frio nesse inverno


Achei uma graça a promoção do Sheraton de Porto Alegre que oferece 50% de desconto para os hóspedes que doarem um cobertor ao se hospedarem.

O Sheraton pertence uma cadeia de excelente padrão e nos mostra que cada vez mais a responsabilidade social pode atrair consumidores.

Semana que vem estarei lá, com o meu cobertor!

Para quem quiser saber mais, leia em http://wp.clicrbs.com.br/recortesdeviagem/2011/07/20/um-cobertor-50-de-desconto-em-hotel/


30 de junho de 2011

Pagar menos é sempre bom demais!!!

Pessoal, postei assim rapidinho e de urgência porque os lugares são limitados.

A Gol está com uma promoção de Ponte Aérea por R$59 até o dia 27/07/11. Pra mim, que vou toda semana e costumo pagar até mais de R$1000 por ida e volta, é uma boa aproveitar para ja comprar as passagens do mês!

Veja a notícia em http://blog.voegol.com.br/index.php/promocoes/passagens/ja-imaginou-a-ponte-aerea-por-r-5990-a-gol-imaginou/ e corra porque semana que vem ja esta ficando escasso...

Nos vemos no Rio ou em São Paulo!

27 de maio de 2011

Foz do Iguaçu e as surpresas do... Paraguai!



Os mais chegados sabem que eu e Flavio gostamos de viajar para comemorar nossos aniversários. Ano passado comemorei meus 30 anos em New York. Esse ano foi ficando em cima, cada vez mais perto e não conseguíamos mais passagens pra lugar nenhum. Até que Lippi teve uma idéia fantástica! Meio que brincando ele falou "então a gente vai ter que ir pra Foz do Iguaçu!". tchaaaan! Adorei!

Eu nunca tinha ido a Foz e todos que já visitaram disseram que era muito lindo e emocionante ver as quedas d'água. E realmente, ao procurarmos vimos que era o único destino que ainda tinha um vôo inclusive consideravelmente folgado, já que era semana de carnaval pra completar. Compramos correndo os bilhetes mas, para nossa surpresa e depois dos bilhetes comprados, notamos que todos os hotéis de Foz estavam lotados. Não adiantava... ligamos pro serviço de informações do aeroporto, olhamos nos milhares de sites de busca... a solução era se hospedar no Paraguai. No Paraguai??????? Ó céus! meu aniversário será um fiasco!!!! Os astros não vão entender nada, ano passado em Manhattan, esse ano em Ciudad Del Est. Uma decadência sem fim! Foi uma semana demorada essa que esperei para ir pra Foz. Estava muito preocupada...

Chegando o dia e já com as malas no aeroporto de Foz, fomos para a fila da Localiza achando que a coisa mais normal seria alugar um carro pra nós quatro e partir pro hotel. Na-na-ni-na-não! Não podem alugar carros brasileiros para irmos ao Paraguai porque o seguro não cobre. Muito perigoso, diziam os taxistas quando pedimos para nos levar até o hotel. Tivemos que pagar R$100 por uma corrida de quinze minutos só porque íamos atravessar a Ponte da Amizade. Já eram 22h e não tínhamos nem disposição nem opção. Fui preocupadíssima ouvindo as estórias terríveis contadas pelo motorista.

Chegando no hotel, que eu já esperava mesmo que fosse uma espelunca com carpetes rasgados e sujos e paredes cheirando a mofo, a primeira surpresa: hotel ótimo com pessoal simpático e atencioso. Quartos enormes com vista pro Rio Paraná (aliás, na beira do rio), banheiro limpo e novo, tudo superando expectativas. Ao descermos para jantar, comida deliciosa, carne macia e suculenta, vinho bom. Ufa! Até que estava começando a ficar divertido!




Aos poucos fomos vendo que o Paraguai não era tão ruim como pintavam e começamos a relaxar. Alugamos um carro por lá mesmo no dia seguinte, bem mais barato que no Brasil. Pagamos US$60 pela diária de uma pickup automática que o próprio dono da locadora levou ao hotel.

A área de compras foi um capítulo à parte. A zona franca é de verdade. Uma loucura. Do contrário do que muitas pessoas pensam, a zona franca tem mercadorias originais, a preços impressionantes. Havia sim mercadorias falsificadas, que eles classificam como "réplicas", mas avisavam e essas mercadorias eram mais baratas.

Geralmente é permitido pagar com cartão de crédito, mas é cobrado um acréscimo de 5% por conta da taxa cobrada pela administradora.

Flavio, como era esperado, bombou nas compras. De telefone, tablets, home theaters a ventiladores e cosméticos. Tudo é vendido ali. Flávio comprou um Galaxy, um telefone e mais algumas besteiras. Acessórios de video game, cabos, decodificador de canais, foi um exagero.

Chegamos a dar um pulo no free shop da Argentina, mas não vale a pena. Lotado, quente e nada demais. Os preços são os mesmos do aeroporto. Vale a pena só para comprar bebida. Mas sinceramente, tem que ser muita pra valer o combustível até lá e a fila.

Compras à parte, a grande atração é o parque das Cataratas. Isso sim, é um espetáculo. Uma real maravilha da natureza. A quantidade de água, o barulho, o cheiro, tudo é impressionante. São dois parques distintos, um do lado do Brasil, outro do lado da Argentina. O lado da Argentina tem uma vista mais bonita e você entra lá na Garganta do Diabo.



O lado brasileiro é mais limpo, organizado e patrocinado pelo Itaú. Está muito bem cuidado, tem um serviço ótimo.



Há alguns passeios para fazer lá. Rapel, rafting em algumas partes das corredeiras, passeio de helicóptero bem pertinho das quedas d'água. Leve dinheiro porque não aceitam cartão e tudo é caro. Mas você provavelmente não vai voltar lá, então faz uma força e paga pra conhecer.

No dia do meu aniversário procuramos um restaurante melhorzinho pra jantar. Fomos ao Shopping Ciudad Del Este e conhecemos o italiano do último andar. Realmente foi bom. Conseguimos até tomar um Chateneauf-du-Pape, no Paraguai! A comida também estava boa.

Infelizmente não consegui conhecer Itaipu.

Na hora de voltar bateu o medinho... será que seremos taxados? Tínhamos que passar pela ponte da amizade para voltar ao aeroporto, com toda a bagagem. Nada. Ninguém nem olhou pra nossa cara. Não sei se for sorte ou se é escancarado mesmo. No entanto, cuidado! - no aeroporto tem raio X no check in. Toda a bagagem, inclusive a de mão, passa ali e está sujeita a taxação no check in. Não fomos taxados e não nos pediram para abrir as malas, mas tínhamos mais que o permitido. Mais informações sobre as taxas em http://paraguaicompras.com.br/dicas.

Flávio no fim de semana seguinte queria voltar para comprar o que ele acha que faltou. Eu cortei. Mas adorei o passeio e acho que valeu a pena ter ficado no Paraguai. O preconceito acabou.




Panelas novas!


Vejam as belezuras que eu ganhei de aniversário (eu sei que estou atrasada nos posts!) do maridão: lindas panelas de ferro esmaltadas.

Esse é um objeto de desejo de todos aqueles que gostam de cozinha. As panelas cozinham por igual os alimentos com a tampa fechada, em seu próprio suco. Já posso imaginar os pratos deliciosos que sairão daqui.

Agora é só esperar as receitinhas....

5 de março de 2011

Saladinha thai de camarão - fresca e deliciosa!


Essa saladinha foi um sucesso no último jantar e como muitos pediram a receita do molho, resolvi postar.

Eu adoro a mistura do doce e do ácido com a comida salgada. Esse molhinho, além de picante e levemente adocicado, combina perfeitamente com o sem graça alface, coitadinho. Porque convenhamos, alface é uma coisa bem sem graça. Só serve pra embrulhar coisinhas saborosas ou ser comido com um molho muito bom. A não ser, é claro, que você seja top model ou tenha que emagrecer 8 kg antes do vestido de noiva entrar. Nesses casos, você come alface - sem sal, para não reter líquidos - e imagina que está comendo uma costelinha com molho barbecue.



Ingredientes:
alface
coentro
camarões limpos e descascados
pimenta do reino
pimenta rosa

Para o molho:
1 pimenta dedo de moça fatiada fininha
3 colheres sopa de açúcar
suco de 3 limões
1 colher de alho
3 colheres de azeite
1 mão cheia de capim limão ou hortelã
1 colher de gengibre ralado
4 colheres de água

Amasse o gengibre, o alho, a hortelã (ou capim limão), a pimenta e o açúcar, no pilão. Misture bem o restante dos ingredientes e coloque na geladeira.





Tempere o camarão com pimenta roa e do reino, sal, coentro e limão e refogue no azeite por 5 minutos. Coloque na geladeira.




Quebre o alface e o coentro com as mão e forre uma saladeira com eles. Acrescente o camarão geladinho por cima e sirva com o molho thai.



Vai bem com vinho verde, branco ou sake.

É de lamber os dedos!

20 de janeiro de 2011

O chá que floresce



Adorei a novidade!

Eu costumo fazer água aromatizada em casa, com algumas rodelinhas de limão, ou xarope de rosas ou folhas de hortelã ou alecrim. São bonitas de se ver e refrescantes de tomar.

Agora, temos uma alternativa ainda mais bonita:

"O Chá que Floresce, Art Tea, ou Blossoming Tea são pequenas bolas ou novelos de folhas e flores, costurados à mão por artesãs chinesas com linha de algodão. É um chá originário da China, feito com as preciosas folhas de chá verde silver needle da Camelia Sinensis, e flores como lírio, cravo, osmantus, jasmim entre outras.

Na infusão desabrocha uma flor em diferentes arranjos que exala suave perfume. Cada bola rende até 3 xícaras de um chá natural e aromático.

Sabores Jasmim e Chá Verde."

Mas tem que estar disposto a pagar caro: uma latinha com 10 bolinhas de chá e 5 de flor custa R$87,00.




16 de janeiro de 2011

Um prato espanhol para acompanhar uma cava gelada

Quase todo mundo gosta de Paella. E essa foi a opção para o jantar dos amigos para comemorar a chegada de 2011.

Estávamos nos devendo esse encontro para uma reunião já que todos trabalham em horários diferentes, têm vidas corridas, uns solteiros outros casados outros tico-tico no fubá... mas a gente sempre dá um jeitinho de estar junto pra rir muito. Esse grupo é realmente muito querido e muito divertido.

Como estávamos de apê novo, fizemos a reunião aqui em casa para aproveitar e apresentar o novo quartel general.


Escolhi o prato de frutos do mar porque era rápido de fazer, o que me dava mais tempo para estar com os convidados, e porque as bebidas escolhidas foram cavas e espumantes, por conta do verão do Rio de Janeiro. Assim poderíamos beber espumantes geladinhos ou até mesmo drinks refrescantes, como fizemos.



A receita é bem simples:

Ingredientes:

2 cebolas roxas
1 cabeça de alho
1kg de camarão sem casca
1kg de mexilhão
1 kg de lula
1kg de polvo
500g de lagosta
folhas de louro
coentro
pimenta dedo de moça
pimentão vermelho
caldo de legumes
2 paios
500g de arroz
açafrão
1 cálice de vinho branco


Refogue no azeite fervendo a cebola e o alho e adicione a pimenta dedo de moça fatiada sem sementes, o louro, o mexilhão, o polvo, a lagosta e o paio até fritar. A cozinha vai ficar cheirosa!
Acrescente o arroz e o açafrão no refogado - o açafrão espanhol, da flor, é o mais indicado. Sabemos que esse açafrão é caro e não é fácil de achar. Eu comprei no Pão de Açucar por R$35 a caixinha. Quem não tiver coragem ou não encontrar, pode usar cúrcuma ou páprica, só para dar a cor bonita.





Quando o arroz estiver transparente, jogue o cálice de vinho branco para selar. Deixe subir o vapor e coloque um copo de caldo de legumes para começar a cozinhar. Vá acrescentando mais caldo com a concha, até o arroz ficar quase pronto.





Faltando 5 minutos pro fim do cozimento, acrescente a lula. Faltando dois minutos, acrescente os camarões.

O pimentão você vai assar separadamente. Pré aqueça o forno, e quando estiver bem quente coloque o pimentão lavado numa forma, sem nada. Deixe até queimar a pele. Retire do forno e coloque dentro de um saco plático fechado até esfriar. Quando esfriar, retire do saco plástico e remova a pele inteira. Ele estará macio, cozido no próprio suco e docinho. Corte em fatias e coloque sobre a paella já pronta para enfeitar.





Acrescente o coentro fresco e sirva com vinho branco bem gelado ou com cava.


Uma dica fresquinha é aromatizar água gelada com folhas de hortelão, gengibre, limão ou alecrim. É simples de fazer, basta acrescentar esses ingredientes à água e deixar na geladeira, e fica muito bonito e gostoso também.