30 de setembro de 2010

A diversão pode estimular a mudança de hábitos das pessoas

Parece que a Volkswagen acertou na campanha. O site www.thefuntheory.com está transbordando de acessos.

A idéia é que atitudes geralmente feitas por obrigação ou até a contragosto podem ser feitas voluntariamente por prazer, e assim é possível criar bons hábitos e ensinar ações como recolher o lixo do chão e jogar na lixeira, respeitar o limite de velocidade, usar os degraus ao invés da escada rolante, etc.

Veja um video abaixo:



E você, o que faz ou poderia fazer de divertido e que geraria um bom hábito no grupo em que vive?

21 de setembro de 2010

Hotéis Formule 1

Ok, os serviços têm que ser democráticos. Concordo plenamente em opções para todos os bolsos e níveis de exigência. mas dessa vez fiquei perplexa.

Não acho que os hotéis precisam ser luxuosos. nem tenho dinheiro pra isso. Quando viajamos com o dinheiro contado, o que menos importa é o luxo do hotel. Queremos pagar é por novidades, experimentar comidas, tours, transportes.

Mas o que é que não pode faltar de jeito nenhum no seu quarto de hotel?

...

Pra mim o que não pode faltar é segurança e limpeza. Os móveis nãoprecisam ser bonitos, mas a cama tem que ter um lençol limpo e o tapete, se houver, não pode sujar meu pé. Tenho que acreditar que meus pertences e eu mesma estamos seguros dentro do quarto. Não quero olhar pro box e achar que eu tenho que tomar banho de chinelo com nojo da água acumulada.

Hoje existem hospedagens pra todos os gostos: hostels para quem quer pagar um pouco menos e conviver com várias pessoas - ideal pra quem viaja sozinho, geralmente -, hotéis baratinhos por serem mais afastados dos pontos de interesse, hotéis caríssimos com serviços para quem quer exclusividade, hotéis caros mas nem tanto, hotéis para quem viaja a negócios.

Achei que a proposta do Formule1, quando chegou ao Brasil, fosse ser uma opção masi em conta para aqueles que não se importavam com aut-serviço. Lá, você paga tudo no check-in e sua saída pode acontecer na hora que você desejar. É o moderno conceito de easy check-out. Você não tem telefone no quarto, pra não ter que pagar a conta depois. Mas isso não importa pra quem tem um celular ou não vai ligar. Você não tem frigobar no quarto e, se quiser beber algo, compra na hora numa máquina no corredor. Isso é ok também. Se quiser café da manhã, compra uma "ficha" no check-in e usa no dia seguinte para pegar um pacote, como os do avião, com duas torradas, um copo de suco, uma fruta, um iogurte. Tudo isso faz com que eles gastem menos com pessoal de atendimento e possam cobrar uma tarifa mais baixa.

Hoje tem Formule1 pra todo lado. Em SP tem um montão. Vim pra Belo Horizonte ontem e tinha uma reserva lá, que não foi feita por mim porque, assumo, eu tinha um preconceito terrível - que era preconceito até ontem, porque eu não tinha me hospedado num hotel da rede antes.

Cheguei no hotel do bairro Lourdes por volta de 22:40. Na porta do hotel, um grupo de moradores de rua conversava animadamente e um deles entrou para usar o banheiro do térreo enquanto eu estava na fila com minha malinha e meu computador no braço. Ah, vim pra BH trabalhar, essa é uma informação importante. Fiz o check-in e, ao pegar o elevador, minha companhia foi uma menina de cerca de 18 anos vestida de short e top com uma calcinha na mão. Ao chegar no corredor do 14 andar, onde ficava meu quarto, dois rapazes sem camisa conversavam, um em cada ponta do corredor, cada um com uma garrafa de cerveja na mão. Quando passei, um olhou pra cara do outro e fez sinal com a cabeça. Lógico que essa hora eu estava pensando se ia entrar no quarto ou se corria o risco de alguém entrar comigo a força, e verifiquei se havia cameras no corredor. Havia.

Quando eu finalmente entrei no meu quarto e tranquei a porta com todo cuidado, senti o cheioro de cigarro. Sim, pode-se fumar lá, tem até cinzeiro no quarto. Achei que pior não ia ficar, e que eu só precisava tomar um banho e deitar e no dia seguinte às 6h eu já estaria de pé e livre dali. Mas quando eu tirei meu sapato e caminhei até o cubo de 1x1m2 onde fica o vaso sanitário - se você tem pernas grandes, não consegue fechar a porta -, notei que meu pé ficou preto. De sujeira. Ao puxar o lençol, notei manchas amareladas e resolvi que era hora de deixar o hotel.

Peguei tudo, passei pelos rapazes sem camisa com cerveja na mão e rezei pra estar sozinha no elevador.

Chegando na recepção, uma fila enooooorme para o check-in. Pensei em todas aquelas pessoas ali, que vieram no mesmo voo que eu. Falei com o rapaz que estava atendendo e ele, extremamente simpático e atencioso, desculpou-se, disse que iria verificar o que poderia ter acontecido pois não era o padrão do hotel, e prontamente fez a devolução do valor para a empresa que havia feito minha reserva.

Para sair não tive problema. Peguei um taxi na porta e catei um cantinho limpinho pra dormir. Por R$30 a mais, o Mercury, ali pertinho, tinha um quarto limpo, seguro e silencioso.

Vale a pena essa economia?

15 de setembro de 2010

A rara oportunidade de relaxar

De 11 a 25 de setembro acontece mais uma edição da Spa Week no Rio de janeiro, São Paulo e Paraná.

Pra quem não conhece, na Spa Week, os diversos spas participantes da sua cidade oferecem preços reduzidos em algumas terapias. Nessa época de corre-corre, onde nem pra descansar temos tempo, pode ser um ótimo pretexto para tornar o relaxamento irresistível e imperdível. Seja uma terapia antiestresse ou um tratamento estético, vale a pena dar uma olhada na lista dos spas participantes e marcar uma horinha. Nem que esse seja um luxo de uma vez só ao ano.




Para ver os spas participantes, acesse: www.spaweek.com.br

Leia também: Relax, babe!

Lençóis Maranhenses, vale a pena o esforço!




Tínhamos somente um fim de semana no Maranhão, mas ficamos com pena de não visitar os Lençóis. Sabíamos que a viagem seria muito cansativa, pois era domingo e teríamos que dirigir 320km pra ir e tudo de novo na volta, e tarde da noite ainda teríamos que voltar pro Rio.

Quando perguntamos se isso era possível, no balcão de informações do aeroporto, a resposta que tivemos foi: "É longe, mas a estrada é ótima! Vai levar 3 horas pra ir e 3 pra voltar."

Levantamos às 6:30 de domingo para pegar a estrada. Como não tínhamos mapa, tivemos que ir perguntando de posto em posto para sabermos se estávamos na direção certa. O mais engraçado era ver a cara das pessoas quando as abordávamos. Imaginamos que fosse uma situação parecida com um turista em Copacabana perguntando se estava na direção certa para Juiz de Fora. A cara das pessoas era inacreditável. Cada vez que eles diziam "é pra lá, mas nossa, mas é muito longe!", o Flávio olhava pra mim com cara de roubada e dizia "eu vou ter que dirigir pra ir e pra voltar". Eu já estava ficando nervosa com aquilo e quase desistindo.

Andamos um bocado. E outra: eu sempre achava que estava no lugar errado, porque nunca chegava a estrada ótima que as pessoas falavam, por isso paramos tanto pra perguntar se estavamos no lugar certo. Portanto, se for aos Lençóis dirigindo, caia na real. A estrada não é NADA ótima. É no máximo de razoável pra ruim. É de mão dupla com uma pista apenas pra cada sentido, mal sinalizada e cheia de animais na pista. Muito cuidado com os animais camuflados da cor da vegetação! Os jegues surgem na frente do carro e você nem vê! Além disso, como é quente demais, o asfalto está completamente deformado em alguns pontos. Isso também estava nos preocupando porque andar 300km a 60km/h ia demorar um bocado.

Fomos parando e perguntando e finalmente chegamos. Fomos cercados por um guia-mirim que parecia um polvo colado no nosso carro. Eu pedi algumas informações a ele e ele nos seguiu o tempo todo, o que ja estava deixando o Flavio mais nervoso. Mas o menino foi muito atencioso e não custava nada ouvir a sugestão dele, afinal todos os passeios são iguais e já era mais de meio-dia quando chegamos. Devido ao horário, não podíamos mais fazer o passeio em grupo, que sairia às 14h e retornaria somente às 18h, pois ainda tínhamos que voltar pra São Luis - e pro Rio, depois!

O tal menininho conseguiu um precinho especial pra gente e o passeio individual que inicialmente era R$300 saiu por R$230. Entramos numa Hilux que era dirigida loucamente sobre a areia, com o vento batendo na cara e um sabor delicioso de aventura. Mas o tal passeio de 4x4 só te deixa no pé das dunas. Para seguir mesmo, você precisa ir andando, a pé, duna a duna. Confesso que quase desisti quando vi aquele monte de areia branca sob aquele céu azul com sol escaldante. Mas o guia estava tão empolgado que convenceu que valia a pena. Começamos a subir e descer dunas e a cada nova duna, uma nova lagoa, com água doce cristalina, que aliviava o pé queimado da areia quente. Alguns pássaros, pouca vegetação. Areia, areia, areia. Valeu a pena! depois da última duna, uma lagoa funda, onde fiquei uns 15 minutos me refrescando.



Depois disso tudo era hora de voltar. Estávamos cansados, mas ninguém reclamou na volta ou achou que foi um grande esforço. Esse passeio sem dúvida valeu cada quilômetro e eu não poderia ter ido ao Maranhão e não ter conhecido esse pedacinho do paraíso.

São Luis do Maranhão - uma cidade cativante



Outra viagem com passagem a R$120, comprada no feirão da Gol. A decisão pelo Maranhão veio da minha curiosidade em conhecer São Luis, a cidade de casario coberto por azulejos portugueses.

Nosso voo chegava no Maranhão à 1 da manhã e fomos direto alugar um carro, baseados na última experiência em Natal. E qual não foi nossa surpresa ao sair da locadora e notar que não havia um mapa de São Luis em nossos GPS's (sim, eram 2 GPS's, com mapas do Guia 4 Rodas, mas nenhum dos dois tinha a cidade). Aliás, a cidade também não constava no satélite da busca pela previsão do tempo e só chegando lá eu descobri que o Maranhão é o estado do Brasil mais quente que eu conheço. Quando for visitar, leve na mala somente roupas levíssimas e que te cubram do sol.

Como estávamos sem mapa, tivemos algumas dificuldades iniciais para encontrar nosso hotel. A cidade não possuia placas de trânsito por um grande percurso e eu, que estava muito preocupada de estar perdida com cara de turista do sudeste na madrugada maranhense, morrendo de medo de ser assaltada, tive que engolir meu preconceito ao perceber como a população é educada e acolhedora. Todas as pessoas que consultamos nos deram informações com um enorme sorriso no rosto e somente nos deixaram partir após certificarem-se de que havíamos entendido o caminho. Além disso, a cidade estava extremamente policiada (o que erroneamente nos deu a impressão de ser um lugar violento), e os policiais nos asseguravam pessoalmente de que "enquanto nós estivermos por perto, não haverá o menor perigo e você pode andar com sua camera na mão tirando suas fotos".

Flavio fez uma busca por hotéis na internet e escolhemos o Solare Praiabella, na Praia de Calhau, que parecia ser o point. Foi uma excelente escolha. O hotel era novinho e o atendimento foi ótimo. Tivemos um único inconveniente: na hora de quitar, a empresa com a qual fechamos a diária, através de um link na internet, não tinha um preço que batia com o do hotel. Após conversarmos e mostrarmos os comprovantes da reserva tudo foi esclarecido sem maiores discussões.



A praia onde nos hospedamos era realmente muito movimentada, de dia e de noite. Os quiosques estavam sempre cheios (embora na praia mesmo não tivesse ninguém). Era uma visão do paraíso: como em São Luis a maré baixa é muito diferente da maré alta, isso causa um efeito espetacular. Duas vezes por dia a água "anda" quilômetros, e onde se via a água quase batendo na mureta e invadindo a rua, se vê quilômetros de areia molhada, com alguns milímetros de água apenas. Enquanto isso, os quiosques estão repletos de moradores bebendo um coco ou uma cerveja gelada, ou ainda uma aguardente de aipim, feita na região.




Demos um pulo no Centro Histórico para ver o casario e constatar o quanto era bonitinha a cidade. Descobrimos que a hora boa para visitar essa parte da cidade é à noite, quando a pracinha fica cheia e os bares lotam com fregueses à procura de música ao vivo e petiscos. Como era dia, visitamos algumas lojinhas de artesanato, uma livraria, um centro cultural e, é claro, o Mercado Municipal. A-DO-RO Mercados Municipais. E esse era tão colorido e repleto de elixirs, ervas e farinhas diferentes que fizemos umas compras.



Quando a fome bateu, procuramos um restaurante de comida regional e conhecemos o Feijão de Corda. O restaurante tinha infra-estrutura para receber muitos turistas, foi a impressão que deu. No entanto, enquanto estivemos lá apenas 3 mesas foram ocupadas. O que não foi problema nenhum. Nossa garçonete foi extremamente atenciosa e o maitre deixou até escolhermos o DVD que ele ia passar na grande TV de plasma da parede - que nem precisava, já que o restaurante é na beira da praia do Caolho.

Pedimos patinhas de carangueijo e pasteis de camarão e bacalhau de entrada, e como prato principal uma torta de carangueijo com arroz de toucinho. Estava maravilhoso. O cardápio nos deixou com vontade de provar um pouco de tudo, mas não conseguíamos comer mais.




Nesse dia chegamos no hotel às 20h e fomos irresistivelmente sugados pela cama, pois estávamos muito cansados e iríamos visitar os lençóis num bate-volta no dia seguinte.

Domingo ainda tivemos a oportunidade de conhecer o restaurante da Dona Maria, que estava recomendado nos guias que consultamos. Mais uma vez, excelente atendimento. Eu estava de biquini, pois fomos direto da volta dos Lençóis, mas não encrencaram. O garçom foi simpatissíssimo, nos ajudou a escolher e se entusiasmava cada vez que provávamos alguma coisa e fazíamos aquela cara de delícia. Comemos bolinho de peixe e de bacalhau de entrada e como prato principal uma deliciosa caldeirada de peixe e camarão sem casca com coentro. Mas o melhor de tudo foi a cocada mole do final... se algum dia eu voltar ao maranhão, vou lá comprar uma caixa com 100 para viagem!



Hotel Solare Praiabella - www.gruposolare.com.br ou reserve aqui
Restaurante Feijão de Corda - 98 3248-2282 Av. Litoanea 3, Praia do Calhau
Restaurante da Dona Maria - 98 3227-5331 - Rua 2 Quadra 2 No.10