23 de outubro de 2008

Recomeço


Inebres pinturas distorcidas
Que revelam algo a mais
Revelam-me em essência
E toda história que busco
esconder, por não ser mais
parte de mim. Acordo
num sobressalto.
Tento compreender
O mundo à minha volta
Não o reconheço
Não me reconheço
O que sou?
O que tenho me tornado?
Sim, um tornado
Mudanças de ventos fortes
E circulares, traseuntes,
Imaculados e sóbrios...
Vida de contornos cíclicos
Que insiste em não andar
para frente. E retorna.
Uma última esperança,
matar meu coração
E tudo aquilo que não
me tem importância...
Meus sentimentos.
Para quê servem?
Apenas me testam
E me ferem de profundo.
Mas, não mais.
Não agora
Não de novo,
Não posso mais e não quero
A vida se abre para mim
E mais do que nunca,
Limpa e de consciência em paz
eu me abro para ela.
Há algo ainda para buscar.

Um comentário:

yara disse...

Você tem muita expressão. Deve ser a música que faz isto com você. Conhece esse filme? http://www.youtube.com/watch?v=QlccsLr48Mw