15 de setembro de 2010

São Luis do Maranhão - uma cidade cativante



Outra viagem com passagem a R$120, comprada no feirão da Gol. A decisão pelo Maranhão veio da minha curiosidade em conhecer São Luis, a cidade de casario coberto por azulejos portugueses.

Nosso voo chegava no Maranhão à 1 da manhã e fomos direto alugar um carro, baseados na última experiência em Natal. E qual não foi nossa surpresa ao sair da locadora e notar que não havia um mapa de São Luis em nossos GPS's (sim, eram 2 GPS's, com mapas do Guia 4 Rodas, mas nenhum dos dois tinha a cidade). Aliás, a cidade também não constava no satélite da busca pela previsão do tempo e só chegando lá eu descobri que o Maranhão é o estado do Brasil mais quente que eu conheço. Quando for visitar, leve na mala somente roupas levíssimas e que te cubram do sol.

Como estávamos sem mapa, tivemos algumas dificuldades iniciais para encontrar nosso hotel. A cidade não possuia placas de trânsito por um grande percurso e eu, que estava muito preocupada de estar perdida com cara de turista do sudeste na madrugada maranhense, morrendo de medo de ser assaltada, tive que engolir meu preconceito ao perceber como a população é educada e acolhedora. Todas as pessoas que consultamos nos deram informações com um enorme sorriso no rosto e somente nos deixaram partir após certificarem-se de que havíamos entendido o caminho. Além disso, a cidade estava extremamente policiada (o que erroneamente nos deu a impressão de ser um lugar violento), e os policiais nos asseguravam pessoalmente de que "enquanto nós estivermos por perto, não haverá o menor perigo e você pode andar com sua camera na mão tirando suas fotos".

Flavio fez uma busca por hotéis na internet e escolhemos o Solare Praiabella, na Praia de Calhau, que parecia ser o point. Foi uma excelente escolha. O hotel era novinho e o atendimento foi ótimo. Tivemos um único inconveniente: na hora de quitar, a empresa com a qual fechamos a diária, através de um link na internet, não tinha um preço que batia com o do hotel. Após conversarmos e mostrarmos os comprovantes da reserva tudo foi esclarecido sem maiores discussões.



A praia onde nos hospedamos era realmente muito movimentada, de dia e de noite. Os quiosques estavam sempre cheios (embora na praia mesmo não tivesse ninguém). Era uma visão do paraíso: como em São Luis a maré baixa é muito diferente da maré alta, isso causa um efeito espetacular. Duas vezes por dia a água "anda" quilômetros, e onde se via a água quase batendo na mureta e invadindo a rua, se vê quilômetros de areia molhada, com alguns milímetros de água apenas. Enquanto isso, os quiosques estão repletos de moradores bebendo um coco ou uma cerveja gelada, ou ainda uma aguardente de aipim, feita na região.




Demos um pulo no Centro Histórico para ver o casario e constatar o quanto era bonitinha a cidade. Descobrimos que a hora boa para visitar essa parte da cidade é à noite, quando a pracinha fica cheia e os bares lotam com fregueses à procura de música ao vivo e petiscos. Como era dia, visitamos algumas lojinhas de artesanato, uma livraria, um centro cultural e, é claro, o Mercado Municipal. A-DO-RO Mercados Municipais. E esse era tão colorido e repleto de elixirs, ervas e farinhas diferentes que fizemos umas compras.



Quando a fome bateu, procuramos um restaurante de comida regional e conhecemos o Feijão de Corda. O restaurante tinha infra-estrutura para receber muitos turistas, foi a impressão que deu. No entanto, enquanto estivemos lá apenas 3 mesas foram ocupadas. O que não foi problema nenhum. Nossa garçonete foi extremamente atenciosa e o maitre deixou até escolhermos o DVD que ele ia passar na grande TV de plasma da parede - que nem precisava, já que o restaurante é na beira da praia do Caolho.

Pedimos patinhas de carangueijo e pasteis de camarão e bacalhau de entrada, e como prato principal uma torta de carangueijo com arroz de toucinho. Estava maravilhoso. O cardápio nos deixou com vontade de provar um pouco de tudo, mas não conseguíamos comer mais.




Nesse dia chegamos no hotel às 20h e fomos irresistivelmente sugados pela cama, pois estávamos muito cansados e iríamos visitar os lençóis num bate-volta no dia seguinte.

Domingo ainda tivemos a oportunidade de conhecer o restaurante da Dona Maria, que estava recomendado nos guias que consultamos. Mais uma vez, excelente atendimento. Eu estava de biquini, pois fomos direto da volta dos Lençóis, mas não encrencaram. O garçom foi simpatissíssimo, nos ajudou a escolher e se entusiasmava cada vez que provávamos alguma coisa e fazíamos aquela cara de delícia. Comemos bolinho de peixe e de bacalhau de entrada e como prato principal uma deliciosa caldeirada de peixe e camarão sem casca com coentro. Mas o melhor de tudo foi a cocada mole do final... se algum dia eu voltar ao maranhão, vou lá comprar uma caixa com 100 para viagem!



Hotel Solare Praiabella - www.gruposolare.com.br ou reserve aqui
Restaurante Feijão de Corda - 98 3248-2282 Av. Litoanea 3, Praia do Calhau
Restaurante da Dona Maria - 98 3227-5331 - Rua 2 Quadra 2 No.10

Um comentário:

Leonardo Marques disse...

Que maravilha seu post!
Fico feliz de terem estado em nossa cidade, e também por terem escolhido o Solare Praiabella como estadia no destino. ATT,