Recebi alguns trechos desse texto por e-mail e desconheço o autor, mas a situação é de chamar a atenção mesmo...
Aquela poderia ser mais uma manhã como outra qualquer. Eis que o sujeito desce na estação do metrô: vestindo jeans, camiseta e boné, encosta-se próximo à entrada, tira o violino da caixa e começa a tocar com entusiasmo para a multidão que passa por ali, bem na hora do rush matinal.
Mesmo assim, durante os 45 minutos em que tocou, foi praticamente ignorado pelos passantes.
Ninguém sabia, mas o músico era Joshua Bell, um dos maiores violinistas do mundo, executando peças musicais consagradas num instrumento raríssimo, um Stradivarius de 1713, estimado em mais de 3 milhões de dólares.
Alguns dias antes Bell havia tocado no Symphony Hall de Boston, onde os melhores lugares custam a bagatela de 1000 dólares. A experiência, gravada em vídeo mostra homens e mulheres de andar ligeiro, copo de café na mão, celular no ouvido, crachá balançando no pescoço, indiferentes ao som do violino.
Veja o vídeo da experiência no youtube: http://www.youtube.com/watch?v=hnOPu0_YWhw
A iniciativa, realizada pelo jornal The Washington Post, em abril de 2007, era a de lançar um debate sobre valor, contexto e arte.
A conclusão: estamos acostumados a dar valor às coisas quando estão num contexto. Bell era uma obra de arte sem moldura. Um artefato de luxo sem etiqueta de grife. Esse é um exemplo daquelas tantas situações que acontecem em nossas vidas que são únicas, singulares e a que não damos a menor bola porque não vêm com a etiqueta de seu preço.
Para parar e pensar...
3 comentários:
Raquelita,
Como temos blog com teores muito diferentes, na minha opinião ESSE foi um dos seus melhores posts. Eu não poderia deixar passar em branco e fui conferir a matéria no Washington Post. É grande, mas vale cada parágrafo !
http://www.washingtonpost.com/wp-dyn/content/article/2007/04/04/AR2007040401721.html
Já refleti bastante sobre percepção de valor quando entrei pra UFRJ e mudei completamente alguns dos meus valores. Pelo menos pra isso o caos daquela instituição serviu e muito !
Beijos,
Fabio.
Sabes,Raquel! Isso ocorre tanto e tanto que muitas vezes nem ficamos sabendo...As pessoas julgam os outros pela "casca" e não pelo recheio. Uma pena, mas! pelo menos tentar nós mesmos mudar ou não ser assim, já é uma gotinha no aceano,né? Um beijo e tudo de bom> Obrigado pela visita!Chica
Eu, com certeza, teria me sentado no chão a frente dele... ou não, pq seria mt difícil estar no metrô a esta hora da manhã. rs
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